Foi uma semana estranha, com muitas gargalhadas, e até com algumas lágrimas.
Ver entrar tantos bichos entrar para o curso, ouvi-los chamar "Dignissima Senhora Enfermeira Andreia" (quando não se enganam e começam com a velha história do Senhora Dignissima, que é de por os cabelos em pé) não é fácil. Não é fácil pensar que já estou no 4º ano, que daqui a uns meses sou... bem não interessa agora o que sou daqui a uns meses.
Praxá-los, embora o tempo nao tenha sido muito, não por falta de vontade, não por desinteresse, mas há coisas na vida que neste momento são prioridade, e a familia é uma delas, tem sido igualmente estranho.Não são os nossos bichos, são os bichos. Cada vez mais chegam à escola com ideias formadas, com preconceitos, e como nós costumamos comentar são uma geração muito "morangos com açucar".
Pena pensarem desta forma, mal sabem eles que são os melhores tempos, em que as preocupações são ainda poucas.
Hoje entre tantas fotos e videos recordei um pouco do que foi ser praxada e de como foi praxar. É bom recordar estas coisas, e olhar para trás e pensar que realmente valeu a pena cada momento daqueles, cada ovo partido na cabeça, cada mergulho na lama, cada grito dado mais alto que o anterior. Foi bom cantar e continuar a gritar "Eu entrei para enfermagem...", "Qual é o melhor, qual é o melhor, qual é o melhor curso da UE...", "Nós as enfermeiras nos hospitais somos maiorais...", entre tantas outras que me enchem de orgulho de pertencer a esta grande familia.
Portanto quando me dizem que não tão a gostar da praxe porque não tavam habituados a gritos só me apetece "bater-lhes" (só no sentido figurativo), é que ninguem gosta de gritos como é obvio, mas estes gritos são diferentes e eles um dia vão perceber isso. Tal como eu percebi.
Ainda faltam tres dias de praxe, de dura praxe, e eles que me aguardem para a recta final, agora com mais disponibilidade e tambem mais força, porque como tudo na vida passa, tambem os problemas anteriores estão a passar. Deixa-me com mais espirito, saber isso.
Embora não muito presente, mas praxe SEMPRE!=)
DURA PRAXIS SED PRAXIS