Por cá na Ilha tem estado um Sol maravilhoso, e umas tardes de praia como à muito eu não tinha. E sim, umas ondas (…) que me deixam toda embrulhada, cabelos enrolados, pernas no ar, areia por todo o lado, mas incrivelmente sabe bem. E quando me levanto de mais uma embrulhada, literalmente avanço para outra. Lá me ensinaram uns truques para combater as ondas aqui do Porto Santo, e lá me estou a safar. Tenho dado gargalhadas daquelas que se devem ouvir no Continente. Obrigada F.M e P.M por me ajudarem! =)
Hoje estava sentada à beira mar, simplesmente a ver aquelas ondas a baterem na areia, e dei por mim a pensar em como o mar é autêntico. A cada onda que vinha eu estremecia, e pensei que às vezes na vida é preciso umas quantas ondas destas, para que o que está em inércia ganhe movimento. Enquanto continuava ali sentada simplesmente a olhar para toda aquela força, e ao olhar tão longe quanto me foi possível, e ao olhar tão longe que o mar se unia ao céu lembrei-me das “Pegadas na Areia” (…) “Através do Céu, passavam cenas da minha vida”. E lembrei-me realmente de algumas coisas da minha vida, e engraçado que foram as mais peculiares, coisas às quais fujo porque no fundo tenho medo de lembrar, foi quase como que um pequeno abrir de olhos. Não necessito ter medo de as lembrar, e percebi naquele momento em que me lembrei exactamente dessas, e senti-me bem, sem estar ansiosa e sem pensar e se (…). O “e se” ficou para trás e de repente estava só eu, o mar e Ele. Não consigo explicar, e quando penso que o Sol foi tapado por uma nuvem, e o vento que passava me arrepiou, tenho de sorrir enquanto recordo esta tarde. E no fim, o que estava em inércia ganhou movimento, não foi algo visível, mas bem cá no meu interior.